segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Charlatães da medicina - 9

9 - Walter Freeman (1895-1972)
Este proeminente neurologista e psiquiatra popularizou a lobotomia — remoção de uma parte do cérebro de pacientes — ao fazer com que a técnica ficasse mais simples e conveniente. Freeman aperfeiçoou a lobotomia transorbital, em que um objeto afiado era inserido pelo canto interior do olho, quebrando um pedaço do crânio e penetrando no lóbulo do cérebro do paciente. O médico então passava com o objeto pelo cérebro, cortando conexões neurais para supostamente curar condições psiquiátricas graves ou leves.

Estas “cirurgias” não eram feitas em centros cirúsgicos, e realizadas sem anestésicos. Freeman depois desenvolveu seu próprio instrumento para a realização de lobotomias, o que ele fez após destruir a órbita do olho de um paciente.

Mesmo depois de perder sua licença médica por matar um paciente com sua técnica, Freeman viajou pelo mundo para levar seus serviços a outros locais. Durante sua carreira, ele realizou 3.439 lobotomias, e o dano psicológico e físico causado pela sua prática como psiquiatra é incalculável. O livro “My Lobotomy” (“Minha Lobotomia”, em tradução livre, sem versão para o português), de Howard Dully, é um relato do autor, que foi vítima de uma lobotomia aos 11 anos de idade.

0 comentários: