A velhinha entrava na alfândega todos os dias numa moto, com um saquinho de areia na garupa.
O fiscal da alfândega a revistava, não encontrava nada que se transformasse em contrabando, a não ser o saquinho de areia.
Ele perguntava:
- Vó, o que que a senhora traz desta vez?
- Areia.
- Areia?
Ele, desconfiado, revistava tudo. Era areia mesmo. Então, deixava ela passar. E se intrigava: "Não é possível que essa velha entra aí pra não fazer nada. E ainda traz um saco de areia!"
No outro dia, lá vinha a velhinha toda sorridente e simpática, com o maldito saco de areia na garupa.
O que a senhora traz aí, vovó? - ele perguntou.
- Areia.
- Areia, vovó? De novo??
Ele revistou. Era areia mesmo. Como sempre fazia, revistou a areia, nada! Nenhuma jóia. Até que por fim, intrigado, ele perguntou:
- Vó, sei que a senhora não vem aqui pra nada. Só que eu não consigo descobrir. Mas, me diz, vó. A senhora contrabandeia o quê?
- Oi, cê não espáia se eu ti contá?
- Não.
- Não espáia mesmo?
- Não, vó. Dou minha palavra. Prometo.
- É a moto!
Ah, ah, ah!...
sexta-feira, 4 de abril de 2008
A Velhinha e a Moto
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