segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Lego comemora meio século de seu brinquedo mais popular

A empresa dinamarquesa Lego celebra hoje meio século de existência de seus populares blocos de plástico interconectáveis, brinquedos com os quais cerca de 400 milhões de crianças se divertirão neste ano e que terá quase 19 bilhões de peças fabricadas em 2008, segundo a companhia.

Desde as peças mais simples, passando pelas figuras humanas com braços articulados e chegando aos trens e naves especiais, os "legos" se transformaram em referência no mundo dos brinquedos e um exemplo para os educadores de como incentivar a criatividade das crianças.
A história da Lego nasce ligada à figura de Ole Kirk Christiansen, um carpinteiro da cidade dinamarquesa de Billund, que passou para os brinquedos inspirado pelas versões em miniatura que fazia de seus móveis a partir do final da década de 1920, para economizar custos.

Em 1931, Christiansen fundou a Lego, do dinamarquês "leg godt" ("brinque bem"), embora em latim a expressão signifique "eu monto" ou "eu junto", coincidência ignorada pelo carpinteiro.

Os primeiros brinquedos da empresa eram de madeira, material que foi abandonado em lugar do plástico assim que o uso deste se generalizou, apesar das reservas de vendedores e consumidores.

A Lego começou a fabricar suas conhecidas peças em 1949, mas só em 1958 foi desenvolvido o atual desenho dos brinquedos, para facilitar o encaixe independentemente de seu tipo.

Ao longo das quatro décadas seguintes, a companhia foi crescendo de forma ininterrupta e ampliando sua gama de produtos até se transformar em um dos principais fabricantes de brinquedos do mundo, um império que incluía também os famosos parques temáticos Legoland em diversos países.

Mas a aparição dos videogames - e a fracassada tentativa de entrar nesse mercado - junto com a concorrência de outros fabricantes colocaram a companhia dinamarquesa em uma situação difícil no início do século XXI, com prejuízos milionários.

A Lego, que continua sendo propriedade da família Christiansen, tomou medidas drásticas, como a venda de seus parques, a mudança de parte de sua produção para República Tcheca e Hungria e a redução de seu quadro de funcionários em um quarto, conseguindo assim frear as perdas.

Com isso tudo, a companhia inclusive melhorou suas expectativas de lucro para 2007, de 550 para 900 milhões de coroas dinamarquesas (de 74 para 121 milhões de euros).

A firma dinamarquesa, considerada a quinta maior do ramo no mundo, também abandonou as pesquisas para se concentrar no produto que a tornou popular, os blocos de plástico - homenageados pelo popular site de buscas Google, que escreve hoje seu nome com as peças.

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