segunda-feira, 14 de julho de 2008

Travesti morre ao aplicar silicone

O travesti Sidnei Pereira Gomes, 25 anos, conhecido como "Bianca", morreu na sexta-feira (11) após a segunda aplicação de silicone industrial no peito, em Ipameri (GO). Ele foi sepultado neste domingo (13), em Vila Rica (MT), onde vivem os pais. Segundo a comerciante Luciene Borges Cortez, 39 anos, tia do jovem, Bianca trabalhava na lavoura em Goiás.

"Ela trabalhou colhendo feijão no sábado (5), descansou no domingo (6) e fez o 'aplique' na segunda-feira (7). Minha sobrinha era muito esforçada. Trabalhava tanto na colheita de feijão, como de batata e de milho. Ela não se prostituía e nem exibia o corpo", disse Luciene.

O travesti morreu de infecção generalizada, mas o Instituto de Medicina Legal (IML) da cidade ainda não concluiu o laudo. "Na terça-feira, ela sentiu falta de ar, fadiga e febre. Na quarta-feira, tinha muita febre e cuspia sangue. Na quinta, já não falava e foi internada", disse a tia.

Vaidade
A comerciante afirmou ainda que já tinha alertado Bianca sobre os riscos de usar silicone industrial para modelar o corpo. "Esta foi a segunda vez que ela aplicou esse produto no corpo. Da primeira vez eu fiquei sabendo, mas ela não me contou sobre essa segunda cirurgia".

Luciene contou ainda que Bianca era vaidosa e queria ter um corpo mais escultural. "Ela aplicou dois ou três copos de silicone no peito há dois meses. Quando desinchou, ela achou que ficou pequeno demais e quis colocar mais". Segundo ela, essa primeira cirurgia custou R$ 450.

"Soube que ela colocou mais dois copos de silicone na semana passada. A aplicação custou mais R$ 240", disse a comerciante. As duas aplicações feitas por Bianca foram acompanhadas por outro travesti, que também injetou o mesmo tipo de silicone em seu corpo, mas que ainda não apresentou efeito colateral.

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